O samba de Luiz é mais que grande: é gigante, é autêntico. E isso fica claro revendo sua trajetória de 50 anos de samba
Aconteceu na década 70, no Rio de Janeiro.
Luiz Grande dirigia silenciosamente o seu táxi quando o passageiro pediu para aumentar o volume do rádio e, então, soou a voz de João Nogueira perguntando sobre o paradeiro de uma certa Maria Rita:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=k5dZySAzl2M]
Autor da música, Luiz nada disse:
– Pô, o cara não ia acreditar, ele ia achar que era caô meu!
O episódio é engraçado, mas também revela um pouco de como é árdua a caminhada do compositor. É necessário muito Talento e Sacrifício:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=inijgHup7ts]
Por outro lado, também cria uma cena curiosa: muitas vezes, as pessoas desconhecem o compositor, mas conhecem suas músicas. Esse é provavelmente o caso de Luiz Grande, com quase 70.
Seus sambas são crônicas ricas do subúrbio carioca que Zeca Pagodinho registrou. Talvez daí, você já conheça as sempre humoradas histórias de Luiz e seus parceiros do Trio Calafrio.
Pode ser um barraco valorizado só por causa de uma Parabólica, um Sururu na Feira que Mariazinha causou ou, até mesmo, o Caviar que a gente só ouve falar.
Luiz Grande consegue captar personagens e cenas desse Suburbano Feliz:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=yT4V6WJYqCI]
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=sqLiTE07Txo]
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=2NJwbzNqyCk]
Não esqueçamos também que o subúrbio tem malandragem, e não vem que não tem, pois o samba de Luiz não é de Malandro 100: é de malandro de verdade!
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=cqkVpN_aPYg]
Malandro que foi gravado por Bezerra da Silva e que tem sua fonte de inspiração nas tendinhas e botequins, nas favelas e nas quebradas.
Malandro partideiro, que sabe que na Boca do Mato, às vezes, é melhor corcoviar a não ter história pra contar. Ou melhor, a não ter samba pra fazer:
[youtube https://www.youtube.com/watch?v=XTSA3tCWd14]
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